QUEIMADAS DOBRAM NO CERRADO E DIMINUEM NA AMAZÔNIA

QUEIMADAS DOBRAM NO CERRADO E DIMINUEM NA AMAZÔNIA

O número de focos de queimadas no Cerrado dobrou no último mês, na comparação com setembro do ano passado. De 1.º a 30 de setembro deste ano, foram 22.989 focos, ante 11.467 no mesmo período do ano passado, alta de 100,4%. As queimadas seguiram uma tendência de alta que vinha desde agosto, quando o bioma sofreu com 12.906 focos de fogo, ante 7.992 em agosto de 2019 – aumento de 61,4%.

Estado de alerta

Parques importantes do bioma, como a Chapada dos Veadeiros e a Chapada dos Guimarães, tiveram queimadas intensas. A Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central, que atinge 65% da área do Distrito Federal, teve o dobro do número de focos de fogo em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

“Há combinação de dois fatores: a estação seca e um aumento das queimadas pelas pessoas. Há um senso comum de que o fogo é natural do Cerrado, mas é natural quando tem chuva. Caem os raios e queimam a vegetação. Na seca não tem fogo natural, é alguém que bota. O ser humano mudou drasticamente o regime de fogo no Cerrado”, diz Fernando Tatagiba, chefe da APA do Planalto Central.

A maior alta no Cerrado ocorre ao mesmo tempo que as queimadas começaram a diminuir na Amazônia, em parte por causa das ações das Forças Armadas, após a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que começou a atuar em 24 de agosto, mas também porque choveu acima da média em especial em Mato Grosso, Estado que liderava em incêndios.

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